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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Soneto da Fidelidade (Vinícius de Morais)

E tudo,  ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meus pensamentos Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive)Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

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